sábado, agosto 22, 2009

Ao fim de 8 anos, 8 meses e 8 dias tudo acabou e eu saio destruído, quebrado, partido e tudo o que levo é dor... muita dor e imensa agonia porque de um momento para o outro o meu mundo ruiu.
Tenho medo da pessoa em que me vou tornar porque nunca me senti assim...
Nada mais faz sentido e por isso este é o meu último post.
Adeus

segunda-feira, agosto 17, 2009

Have you ever felt a warm and tender hug under a cold and rainy winter night?
Have you done it to the sound of such a beautiful music that any step you take seems like you’re dancing?
Have you walked for hours under that same rain, under that same cold with the will of getting to an uncertain destiny?
Have you seen in somebody’s eyes a glare that is not from a tear, nor of sleepy ways, but of pure happiness?
Have you seen in those eyes the beginning and the future?
Have you ever spent a delightful night in a long lasting hug that is neither platonic nor carnal, but simply perfect?
Have you woken up the next day with a feeling of peace and tranquility unmatchable? With a tingling in your body and a swirl in your heart?
Have you ever felt you’re on the top of the world and nothing can shake you down?
If so, keep it. It’s not as everlasting as we take it for…

sábado, agosto 15, 2009

The begginning of it all... Remeber the lyrics?...



http://www.youtube.com/watch?v=2Pk0FGsj_sA
Faz pouco mais que oito anos que ouvi falar de um casal que se instalou no deserto. Era árido, quente e não havia nada à sua volta, mas eles tinham aquele pequeno, mas verdejante oásis que lhes dava vida. Pequenas sebes e arvores altas, sombra e uma fonte donde brotava a mais pura e fresca água para um pequeno lago cristalino.
Naturalmente havia adversidades. Eram pobres e viviam do pouco que ela conseguia cultivar e da parca caça que ele trazia para casa. Mas eram felizes porque tinham aquilo que verdadeiramente sempre os alimentou: um ao outro.
Parece estranho querer viver assim, no deserto, mas a felicidade era tanta que começou a atrair outras pessoas. Primeiro foram duas, depois mais duas, depois famílias inteiras e a paisagem ficou diferente. Começaram as construções, algumas altas, canalizaram a água da fonte, cortaram as arvores porque agora eram os prédios que faziam sombra.
O casal fundador começou a sofrer com as mudanças pois o oásis já não existia. Tiveram que se adaptar, e conseguiram-no, durante algum tempo, mas a confusão daquela cidade e as distracções eram tantas que era difícil manter o estilo de vida a que se tinham habituado.
A natureza encontra sempre uma solução e o peso daquela pegada ecológica era já de tal modo incomportável que numa madrugada qualquer ouviu-se um ruído medonho, como se viesse das entranhas do mundo, e o chão começou a tremer e as paredes a abanar e todas as pessoas a gritar e chorar enquanto tudo desabava perante os olhos daquele casal que incrédulo via a sua tenda se manter em pé. Quando a nuvem de pó assentou não restava nada de pé; todos sofreram, muitos morreram e quase todos decidiram abandonar o deserto excepto os fundadores. Quando nada mais estava no caminho e de novo se conseguia ver o horizonte, o oásis estava ainda lá!
Veio novo barulho temeroso, mas desta feita era um trovão e choveu. Choveu como nunca antes desde que lá chegaram. Limpou a poeira e começou de novo a formar um lago junto às sebes que ainda lá estavam, mas sujas, e que agora de novo se via o verde.
“Só faltam as arvores” disse ela, ao que ele respondeu “Vão rebentar de novo com esta chuva, depois só temos que, juntos, cuidar delas.”
Lembrei-me desta estória porque ouvi dizer que ainda hoje lá vivem, só que agora em vez de dois, são três.

Às vezes é preciso acontecer uma catástrofe para deixar a descoberto aquilo que realmente importa.

terça-feira, junho 09, 2009

tandem

Há muitos anos que queria fazê-lo, que pensava nisso, que ansiava e sonhava com o momento... Há alguns meses comecei a antever a hora... Há algumas semanas comecei a planeá-lo e no sábado, 06/06/2009 finalmente aconteceu...

Muita gente tem dito que é uma loucura e recorrentemente ouça a pergunta "para quê?!", mas não há como senti-lo para entender a resposta.

Estava um sol radiante há uma semana, mas dois dias antes o céu começou a ficar negro e a chuva a precipitar-se sobre os meus planos. Telefonei na véspera, como por eles sugerido, para saber se as condições climáticas permitiriam a realização, mas não me souberam responder. Ficou a resposta adiada para a manhã seguinte. Então no sábado, logo pela manhã liguei para saber e do outro lado o Eddy diz-me "estamos agora mesmo a prepararmo-nos!!!" e eis que me passa o sono e exclamo: "está confirmado!!!", mal eu sabia da angustia que ainda ia passar...
Fiz-me então ao caminho já que Évora fica longe. Foram 300km calmos e pacientes, mas que nunca mais acabavam até porque a manhã já ia bem dentro e ainda parecia de noite tal estavam as nuvens carregadas... choveu o caminho todo e eu só pensava "isto não é nada... do Tejo para baixo é que se vê..." e viu-se... continuava a chover torrencialmente e eu já desesperava... Chegamos a Évora com a intenção de passear, mas para fugir à molha refugiámo-nos num restaurante bem castiço junto às muralhas e do qual não me lembro o nome. Comemos e bebemos à moda do Alentejo acompanhados de excelente simpatia, mas a chuva não passava...
Eram quase 15h e estava a chegar ao aeródromo. Agora vinha em aguaceiros. Ora chuva, ora sol, mas sempre com vento...
Inscrevi-me e fiquei à espera... eternamente... a informação era quase nula... Vi chegarem algumas caras eufóricas e uns vídeos a passar que ilustravam bem aquilo a que vinha, mas a minha esperança já havia sido maior...
Ouvi alguém dizer que o mais experiente do país, com mais de 5 mil saltos, se recusou a subir. Preocupei-me. Eram 600km e um dia que era entregue ao lixo!!! Mas aguardei.
A certa altura, um indivíduo, que mais tarde vim a saber se chamar Jorge Grade, veio meter conversa comigo. Tipo simpático, afável, parecia que me conhecia há anos e no entanto falava em tom paternalista, mas não condescendente. Falou das experiências, do que tem visto ao longo dos anos, dos medos e das coragens, das diferenças dos homens e das mulheres e antes de virar as costas e ir embora pôs-me a mão no ombro e, talvez vendo em mim descrença, disse "não te preocupes que ainda saltas hoje..." e eu sorri.
Entre uma hora sem ver actividade e outra em que vinha uma pequena aberta com chuviscos em que lá ia um grupo, chegou a hora do meu briefing. Foi rápido, conciso, meio na brincadeira, que neste momento devem começar a apertar os nervos, mas pouco esclarecedor, mas também por muito detalhado que fosse, a absorção de informação seria igual.
Já ao fim da tarde, antes de começar o lusco-fusco, sem que nada o fizesse prever e contra as previsões meteorológicas fez-se um lindo dia de verão com céu limpo e sem vento e tivemos luz verde para avançar! Era agora!!!
Vesti o fato de macaco e o resto da parafernália de segurança e fiquei à espera do meu piloto (é assim que se chama) cujo nome figurava num papelinho amarelo que trazia ao peito. Fui encaminhado ao avião, um Cesna de carga onde cabem 18 pessoas sentadas no chão todo colado por dentro com fita adesiva, mas que para mim tinha um aspecto fantástico e aguardei sentado. Eis que chegam os últimos 2 pilotos à pressa pois vinham de fazer um outro salto e um pergunta "quem é o meu passageiro? quem tem o Jorge Grade?" e eu respondi "Eu!". E quem era ele? O mesmo individuo que meteu conversa comigo no hangar enquanto fazia mau tempo! Coincidências... bem ele disse que eu ainda ia saltar e mal ele sabia que seria com ele!
O avião arranca e treme todo com um barulho doce e ensurdecedor. Estamos todos sentados no chão encaixados uns nos outros e prontos para saltar. Uns passageiros falam de mais para esconder os nervos. Outros não falam e não escondem. Eu sorrio. Os pilotos fazem os possíveis para desanuviar o pessoal. O meu faz-me novo briefing; pergunta se está tudo bem. Eu pergunto-lhe se no salto vamos atravessar nuvens e ele diz-me que está limpo, mas se assim fosse também não haveria problema e eu respondo-lhe "Eu é que queria experimentar..." e desta vez quem sorri é ele. Depois disse-me "quando saltarmos vamos virar ao contrário para veres o avião e depois fazemos alguns 360º tudo em queda livre" e eu disse inocentemente "Fixe!".
Chegou a hora! 3500 pés de altitude! A porta abre-se. É um barulhão, mas nem se ouve e vem frio. Arrastamo-nos para a porta e como havia sido instruído, sento-me na beira do avião com os pés para fora como se estivesse na beira da piscina. A partir daqui é difícil descrever sensações, mas vou tentar... Olho cá para baixo e sorrio... esta sensação já ninguém me tira! e é lindo!
E enfim saltamos!!! E viramos para cima, vejo o avião, e voltamo-nos para baixo e andamos às voltas e continuamos em queda livre durante o que eu estimo terem sido 40 segundos! Talvez os 40 segundos mais intensos da minha vida! Não há palavras que expliquem sensação, sentimento ou rush de adrenalina como este! Acreditem que só dá vontade de gritar sílabas sem sentido e berrar "LINDO!!!"

É absolutamente indescritível!!! Ouço-o dizer “Ganda salto!”, não sei porquê, mas para mim foi certamente especial…

Manda-me fechar os braços e abre-se o pára-quedas. Agora conseguimos conversar e ele pergunta-me se gostei. Se gostei?! Impressionante! Andámos às voltas no ar de um lado para o outro a ver a vista. Treinámos a aterragem por 2 vezes. Pus-me mais confortável no arnês e desfrutei, curti mesmo à brava todos os segundos daquela descida que deve ter durado cerca de 10 minutos. Fui o primeiro a saltar e o último a aterrar e fiquei arrebatado…
Pousamos e, ao contrário do que se possa imaginar, não ficamos a pensar igual a uma criança “quero mais!”, não porque não o queiramos, mas porque a sensação de voar ainda não passou! Nem vai passar tão depressa!
Tomo uns segundos para me pôr em pé depois de soltar o arnês. Ele pergunta-me “curtiste?” e eu nem sei o que respondi, mas acho que ele percebeu na minha cara o que eu queria dizer. Ajudo o meu piloto com o pára-quedas e vamos em direcção ao hangar onde ele vai em segundos trocar de equipamento para voltar a subir para treinar para o campeonato da Europa. À saída ele diz-me “aguenta aí que quando voltar vês o vídeo do treino aí connosco, vai ser muito fixe!”, mas com muita pena minha não fiquei que a viagem para Coimbra ainda era longa.

E é isso: para quem ainda não percebeu, é verdade, concretizei um sonho de saltar de pára-quedas e hei-de voltar a fazê-lo. Recomendo vivamente porque até agora ainda não vivi nada igual.
Um especial agradecimento ao Jorge Grade que tornou esta experiência ainda mais viva e relembro algo que ouvi durante o voo: “os pilotos de avião acham que voam porque pilotam aviões, mas na verdade quem voa somos nós!!!”

09 de Junho de 2009
Nelson Monteiro Santos


terça-feira, maio 12, 2009

Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico

Sentes que um tempo acabou
Primavera de flor adormecida,
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar, na tua vida.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'rá vida.

Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar,
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar.

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo p'rá vida.

segunda-feira, maio 04, 2009

It's been a while...

Já faz algum tempo desde a última vez que passei por aqui. E agora, por muito que tenha a dizer, só me apetece estar calado.
Estou num mar de dislexia ideológica, subo e desço ao sabor das ondas e das marés negras sem nunca tocar com os pés na areia nem sentir os seixos nos calcanhares.
Nem sei, nem sinto, nem ando à roda, nem é um vazio; é um pasmo contínuo e vazio de reflexos e refluxos espaçados por metáforas.
Se não fosse a névoa julgaria ser real. Verdadeira sonolência viva e caminhar sonâmbulo por entre vinhas e calçada iluminada de candelabros.

Não fiquei calado, mas também não disse nada. Não me sinto melhor, nem pior, nem igual.
Não estou cá, nem sei se estou a chegar.

sábado, setembro 06, 2008

Thirty-Three (Smashing Pumpkins)

speak to me in a language i can hear
humour me before i have to go
deep in thought i forgive everyone
as the cluttered streets greet me once again
i know i can't be late, supper's waiting on the table
tomorrow's just an excuse away
so I pull my collar up and face the cold, on my own
the earth laughs beneath my heavy feet
at the blasphemy in my old jangly walk
steeple guide me to my heart and home
the sun is out and up and down again
i know i'll make it, love can last forever
graceful swans of never topple to the earth
and you can make it last, forever you
you can make it last, forever you
and for a moment i lose myself
wrapped up in the pleasures of the world
i've journeyed here and there and back again
but in the same old haunts i still find my friends
mysteries not ready to reveal
sympathies i'm ready to return
i'll make the effort, love can last forever
graceful swans of never topple to the earth
tomorrow's just an excuse
and you can make it last, forever you
you can make it last, forever you
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