A rua
A rua como a conheço,
nesta noite de luar
é tão bela, tão aguerrida,
tão dona si mesma
que passa despercebida
aos olhos de quem passar.
De calçada emproada
para gentinha pisar,
acolhe de bom agrado
todo o ser apressado
que ali quiser passar.
E ao fim desta rua
outra rua encontrarei,
senão um largo ou uma praça
onde duma fonte beberei.
E na rua vejo pessoas,
muitas como as estrelas,
em conversa ou em passeio,
mulheres lindas e belas,
homens cheios de paleio.
É na noite que a rua é bela,
na imensidão do escuro.
Pequenos candeeiros a brilhar
nas pontes ou nas janelas
que escondem um olhar
no fulgor do rubro.
A rua é a voz,
é o som que vem do fundo.
A rua tem duas portas;
uma é a do sonho,
outra é a do mundo.
nesta noite de luar
é tão bela, tão aguerrida,
tão dona si mesma
que passa despercebida
aos olhos de quem passar.
De calçada emproada
para gentinha pisar,
acolhe de bom agrado
todo o ser apressado
que ali quiser passar.
E ao fim desta rua
outra rua encontrarei,
senão um largo ou uma praça
onde duma fonte beberei.
E na rua vejo pessoas,
muitas como as estrelas,
em conversa ou em passeio,
mulheres lindas e belas,
homens cheios de paleio.
É na noite que a rua é bela,
na imensidão do escuro.
Pequenos candeeiros a brilhar
nas pontes ou nas janelas
que escondem um olhar
no fulgor do rubro.
A rua é a voz,
é o som que vem do fundo.
A rua tem duas portas;
uma é a do sonho,
outra é a do mundo.
